terça-feira, 20 de novembro de 2012

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA?

Minha consciência não tem dia. 
Não é negra nem branca. 
Não tem preconceito.
TODO DIA é dia da consciência. 
Todo dia é dia do negro, do branco, do pardo, do amarelo...

DIGA NÃO às COTAS!!! 
Fique de bem com sua consciência.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A oportunidade que o Brasil perdeu.






Matéria sobre os royalities do petróleo, que seriam aplicados em Educação. Seriam...

Política 09/11/2012
A oportunidade que o Brasil perdeu

Em praticamente todas as votações polêmicas, o governo Dilma é um saco de pancadas

Você talvez não tenha nem sentido, mas o Brasil passou perto do que seria, provavelmente, uma das maiores revoluções de sua história. Na última terça-feira, por nove votos de diferença, a Câmara dos Deputados inverteu a pauta e acabou nem analisando a proposta que destinava a totalidade do dinheiro dos royalties do petróleo para a educação, preservados os contratos já firmados. A manobra levou à derrota da proposta governista, mexeu com os poços já licitados e, pior de tudo, decidiu que o dinheiro futuro da exploração petrolífera – pré-sal aí incluído – irá para a vala comum dos cofres de municípios, estados e da União, sem foco definido. Com isso, o Brasil desperdiçou a oportunidade de, com décadas de atraso – séculos talvez –, seguir a receita que tirou outras várias nações do subdesenvolvimento. Deixou de fazer a opção clara e inequívoca por direcionar investimentos em massa e com fonte definida para a área que seria capaz de construir os alicerces para superar o atraso histórico do País. Segundo o deputado federal José Guimarães (PT), vice-líder do governo Dilma Rousseff, só para 2013, a estimativa seria de R$ 9 bilhões a mais para educação. E o valor dobraria a cada ano. Em 2015, projetava-se alcançar o almejado montante de 10% do PIB brasileiro para a educação – o dobro do atual índice. O percentual de 10% está previsto no novo Plano Nacional de Educação (PNE) – aprovado pela própria Câmara. Mas, sem se saber as origens de recursos, a meta corre sério risco de virar miragem.

UMA INUTILIDADE SÓ, MAS TRABALHOSA AO EXTREMO

No fim de outubro, a presidente Dilma mandou dois recados aos seus aliados: queria 100% dos royalties para educação e não admitia qualquer alteração em relação aos contratos já assinados. No fim das contas, não conseguiu nem uma coisa nem outra. Governo ser derrotado no Poder Legislativo é natural, é democrático e é até bom que ocorra de vez em quando. A distorção é o rolo compressor que se viu ao longo da gestão Luizianne Lins (PT), em Fortaleza, e que se vê no governo Cid Gomes (PSB). No caso de Dilma, porém, o que se vê é que o Palácio do Planalto não ganha uma. Em praticamente todas as votações polêmicas, é um saco de pancadas. Foi derrotado no Código Florestal, na Lei Geral da Copa, na definição de regras para demarcação de terras indígenas e até na tentativa de recondução do presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Isso é do jogo democrático e está de acordo com a correlação de forças do parlamento. O que há de intrigante é que tantas derrotas ocorram num governo que possui uma das maiores bases aliadas já montadas. O maior legado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Dilma foi, justamente, a eleição de um Congresso – sobretudo o Senado – muito mais dócil que o que ele próprio enfrentou. Mas isso só em tese. Na prática, a base da atual presidente é extremamente infiel e instável. Na hora do vamos ver, tem se mostrado inútil. Afinal, o governo não necessita de aliança sólida para aprovar projetos simpáticos e consensuais. Precisa justamente nos momentos de polêmica. A sustentação política de Dilma é trabalhosa, ambiciosa, motivo de dores de cabeça mil e, pior de tudo, razão para a presidente manter um ministério quase 100% sofrível. Até aqui, a troco de nada.

VOTO CEARENSE

Sete deputados federais cearenses votaram contra a destinação de 100% dos royalties para a educação. Seis deles pertencem a partidos governistas. Foram contra a medida Arnon Bezerra (PTB), Gorete Pereira (PR), José Linhares (PP), Manoel Salviano (PSD), Raimundão (PMDB), Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Vicente Arruda (PR). Os votos a favor da proposta do governo foram 11: Antonio Balhmann (PSB), Artur Bruno (PT), Chico Lopes (PCdoB), Danilo Forte (PMDB), Domingos Neto (PSB), Edson Silva (PSB), Eudes Xavier (PT), Genecias Noronha (PMDB), João Ananias (PCdoB), José Guimarães (PT) e Mauro Benevides (PMDB).

PT NA OPOSIÇÃO?

A manifestação da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o governador Cid Gomes (PSB) cria enorme constrangimento para o partido no Ceará, depois das circunstâncias da disputa eleitoral em Fortaleza. E evidencia que os interesses federais jogarão pesado contra a já improvável ida da legenda para a oposição ao Governo do Estado. Não há hoje correlação de forças para fazer prevalecer a posição da prefeita Luizianne Lins (PT). Mas ela nunca foi de fugir da briga e insistirá nessa posição. Embora o mais provável seja que o partido mantenha a postura de ambiguidade até que se defina sobre apoiar o candidato de Cid ou lançar nome próprio ao Palácio da Abolição.

Érico Firmo
ericofirmo@opovo.com.br