quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Por que usar sapatilha?

Utilizar sapatilhas para andar de bicicleta traz benefícios aos ciclistas em vários aspectos. Por isso, montamos esta matéria que apresenta uma breve história sobre o pedal e o surgimento das sapatilhas e termina com um resumo dos principais benefícios de usá-las.


A história do pedal

Durante a história da bicicleta, foram desenvolvidos diversos modelos e tipos de pedais, mas podemos enquadrá-los em três principais categorias, que são as seguintes: a) Plataforma; b)Firma pé;  c) de Encaixe.

O primeiro a surgir foi o pedal de plataforma, fornecia uma plataforma ampla, que permitia a transferência de força para o pedal.

Plataforma


O segundo modelo desenvolvido foi o pedal com firma pé, ele permitia que o ciclista aplicasse força também na fase de “recuperação” da pedalada. O movimento de pedalar pode ser dividido em duas partes: propulsão (empurrando) e recuperação (puxando). O pedal de firma pé melhorou a performance dos ciclistas já que estes conseguiam aplicar potência nos pedais por mais tempo.


Firma pé


O último modelo foi o pedal de encaixe, desenvolvido em 1984, estava vinculado a utilização de sapatilhas com “taco”, que se prendia ao pedal. Assim que foi lançado, o pedal não foi bem recebido pelos ciclistas, uma vez que era fixo não permitia rotação do joelho, causando desconforto para o ciclista. Após estudos, descobriu-se que, permitindo-se um grau de rotação aos pedais de encaixe, o desconforto deixava de existir. Assim, os modelos foram atualizados para permitir o leve movimento de rotação e hoje são predominantemente utilizados pelos ciclistas.

Encaixe


Benefícios da Sapatilha

1. Segurança
A sapatilha impede que o pé se solte acidentalmente do pedal, o que acontecia com os modelos de plataforma e os pedais de firma pé sem alça. Porém em situações de queda, elas automaticamente se soltam do pedal, permitindo com que a bicicleta não fique presa ao ciclista, evitando lesões graves.

2. Conforto
O pedal de encaixe proporciona um posicionamento correto dos pés (quando regulado corretamente) e restringe o grau de rotação, isso diminui as lesões no joelho e dores articulares, aumentando consideravelmente o conforto da pedalada.

3. Estabilidade
Uma vez que o “taco” da sapatilha fica preso ao pedal, proporciona uma firmeza maior na pedalada, os pés não se movimentam da maneira que não devem, aumentando a estabilidade e diminuindo o desperdício de força.

4. Desempenho
A combinação de maior segurança, conforto e estabilidade, além da capacidade de aplicar potência durante pontos diferentes da pedalada, faz com que exista um ganho significativo de performance quando a sapatilha é utilizada. Esse é o motivo pelo qual todos os ciclistas de competição, em quase todas as categorias, utilizam sapatilhas.

Dica

Para que tudo isso funcione, é muito importante que o ciclista consulte um profissional de Bike Fit, para realizar a regulagem correta da sapatilha, para que lesões e dores no corpo em razão de uso inadequado do equipamento.

*Matéria veiculada no site Pra Quem Pedala

terça-feira, 19 de agosto de 2014

No Dia Nacional do Ciclista, veja como ser um “biker”

Se você pretende ganhar as ruas em duas rodas, saiba dos deveres e cuidados que deve tomar

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Ciclista: para os experientes e os novatos (foto: Franklin de Freitas)















Hoje é comemorado o Dia Nacional do Ciclista. Embora não haja números sobre praticantes no Paraná, é nítido que a prática está em ampliação, inclusive em Curitiba. A Capital tem mais de 360 empresas formais que trabalham no comércio de bikes. Isso significa um grande mercado, mas também responsabilidades de quem adere à bicicleta.

E especialistas dão dicas para que revolver pedalar, especialmente o principiante. “Primeiro de tudo, regule a sua bicicleta e veja se todas as peças estão em boas  condições”,  diz Cássio Suczeck, coordenador do projeto Bike Anjo, em Curitiba. O projeto, que existe em todo o País, se propõe a ensinar as pessoas a pedalar.

“Antes de encarar o trânsito, faça pedaladas pelo seu bairro, por parques ou ruas tranquilas para ganhar equílibrio. Utilize roupas e tênis confortáveis, capacetes e luvas”, continua Cássio.

No caso de ensinar os filhos, os cuidados são ainda maiores. Segundo o diretor da Perkons e especialista em trânsito, Luiz Gustavo Campos, é preciso procurar um local calmo e seguro para ensinar o filho a andar de bicicleta, como o quintal de casa, espaços em condomínio destinado para as crianças brincarem, parques com áreas para bicicleta, entre outros. Além disso, paciência é tudo nessa hora, já que cada criança aprenderá a pedalar dentro de seu limite e tempo.

E, importante, os equipamentos obrigatórios de segurança não devem ser esquecidos em qualquer passeio.

Dicas para um ciclista iniciante

  • Regule a sua bicicleta e veja se todas as peças estão em boas condições
  • Antes de encarar o trânsito, faça pedaladas pelo seu bairro, por parques ou ruas tranquilas para ganhar equilíbrio
  • Utilize roupas e tênis confortáveis, capacetes e luvas
  • Coloque luz dianteira e traseira na sua bike
  • Quando estiver pedalando, procure ficar sempre à direita, ocupando a faixa com 70 cm de distância do guia
  • Nunca pedale na contramão e evite pedalas pela calçada
  • Sempre planeje a rota com antecedência, evitando ruas movimentadas
  • Tenha atenção, seja previsível e sinalize todas as suas intenções


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Do site Bem Paraná | 19/08/14 às 00:00 - Atualizado às 09:57
http://www.bemparana.com.br/noticia/342654/no-dia-do-ciclista-veja-como-ser-um-biker

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Dicas para pedalar com chuva

Uma hora ou outra isso vai acontecer e é melhor você estar preparado

Se você quer usar a bicicleta não só como lazer, mas como meio de transporte, é preciso ficar atento a algumas dicas (veja mais aqui). Mas e se, depois de tomar todos os cuidados necessários, cai aquela chuva forte bem na hora em que você está saindo?

Ela pode te atrapalhar, mas se você quer adotar esse método de transporte, é preciso encará-la e ver como minimizar problemas.

Confira dez dicas:

1. Aceitar
O primeiro passo para preferir a bicicleta mesmo em dias de chuva é aceitar que o fenômeno acontece de forma natural e é essencial para a vida em nosso planeta. Se você perceber que a chuva é passageira, aguarde alguns minutos embaixo de um local coberto (por isso, é importante fazer e calcular o trajeto, caso você planeje ir ao trabalho de bike, por exemplo - assim você não se esquece de contar com imprevistos); se a chuva for duradoura, você precisará encará-la.

2. Capa de chuva
Adquira uma capa de chuva resistente. Evite roupas comuns a motoqueiros, pois elas contribuirão para forte transpiração. Use capa de chuva do tipo poncho, que cobre seu tronco, a cabeça e uma parte das pernas. Você pode encontrá-la em lojas de artigos esportivos.

3. Lacre tudo
Dentro do bagageiro, recubra tudo com material impermeável. Certifique-se de que ele está bem vedado para que a chuva não estrague nada.

4. Instale para-lamas
A água da chuva, a lama e o barro podem te sujar bastante se você estiver pedalando em um terreno molhado. É essencial instalar para-lamas nas rodas da sua bike. Se for necessário, leve sua bicicleta em uma bicicletaria para que o acessório mais adequado para seja adquirido.

5. Use luvas
O acessório é indispensável, pois faz parte do equipamento de proteção. Elas protegem contra quedas e irritações na pele. Em dias de chuva, as luvas garantem sua segurança ao evitar que as mãos escorreguem no guidão. Tenha sempre duas opções de luvas: para clima frio (luva fechada para proteger sua mão do frio) e para clima quente (luva com a parte dos dedos abertas para melhorar a ventilação).

6. Pés secos sempre
As sacolinhas de plástico estão bem popularizadas como a grande "gambiarra" para evitar que os pés de quem está em cima de uma moto se molhem. Mas há problema com relação ao material (veja mais aqui). O mais recomendável é utilizar botas específicas ou o acessório overshoes (sapato de neopreme e impermeável) que também protege seus pés.

7. Leve uma roupa extra
Mesmo que você se proteja totalmente, sempre há uma chance de alguma partezinha se molhar. Por isso, leve uma opção de roupa a mais porque você poderá precisar.

8. A transpiração
Como a capa de chuva incentiva sua transpiração, faça mais paradas, hidrate-se mais e pedale mais devagar.

9. Troque-se
Ao chegar ao trabalho ou ao seu destino, troque sua roupa molhada. Como "vovó já dizia", a roupa molhada pode fazer mal a sua saúde e te deixar doente.

10. Trajeto
Tome muito cuidado e vá devagar. A chuva pode causar enchentes e, com isso, buracos e outros tipos de obstáculos podem prejudicar seu caminho. Na dúvida não vá! Além disso, o óleo descartado por motos, ônibus, carros e outros ao entrar em contato com o asfalto e a água, podem tornar as vias escorregadias, tornando-se um perigo a mais para ciclistas e motociclistas.


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equipe eCycle
http://ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/2250-dicas-para-pedalar-mesmo-com-chuva.html

terça-feira, 4 de março de 2014

Kit de ferramentas para ciclistas

Quem nunca ficou pra trás num passeio por causa de um pneu furado?
Ou teve que parar no meio da trilha e pedir socorro?

Pensando nisso resolvi dar umas dicas do que levar pra não ficar "no prego" no meio da trilha ou "grand fondo".

Vamos descrever alguns "kits" de ferramentas para bikes. Do básico ao mais avançado, para aqueles que curtem dar uma de mecânico nos intervalos das pedaladas.

KIT BÁSICO

Ferramentas essenciais que todo ciclista deve ter quando sai para pedalar

  1. Bolsa de selim – Escolha o tamanho que comporte pelo menos duas câmaras de ar. Quem usa pneus tubeless deve levar pelo menos uma câmara de ar.
  2. Canivete de chaves Allen – Também conhecida como Multitool ou Multiferramenta, essa ferramenta é obrigatória para todo ciclista. Além de várias chaves Allen, algumas trazem também Philips, fenda e chave Torqx. Outras mais completas trazem também chave de raios e chave de corrente. Escolha uma de boa qualidade, que não quebre. Dê preferência às feitas de inox, pois não enferrujam.
  3. Espátula resistente – É interessante fazer um teste em casa para ver se ela aguenta o tranco na desmontagem e montagem dos pneus que você usa.
  4. Kit de cola, remendo, lixa – Existem kits prontos, ou pode-se comprar separadamente. Dica: verifique periodicamente o estado da cola, pois com o tempo elas evaporam e ressecam.
  5. Bomba de mão – Não vai adiantar nada ter todos os equipamentos pra consertar o pneu furado e não ter a bomba pra encher.

KIT INTERMEDIÁRIO

Chave de pedal, torquímetro (cabo vermelho), bomba de suspensão, chave de corrente (ou saca-corrente), 
chave inglesa, chave de raios, extrator de cassete e o lavador de corrente

  1. Chave de pedal – Quanto maior o cabo, mais fácil será a remoção dos pedais
  2. Limpador de corrente – Perfeito para limpar a corrente sem fazer sujeira. Basta adicionar o desengraxante e girar o pedal.
  3. Jogo completo de chaves Allen – Pode ser adquirido em lojas de ferramentas profissionais. Procure comprar de boa qualidade
  4. Chave de corrente – As profissionais têm o cabo longo para facilitar. Os modelos compactos podem ser levados na bolsa de selim
  5. Chave de raios – Existem dos mais variados modelos e formatos
  6. Chave inglesa – Tamanho médio. Pode ser comprada em lojas de ferramentas
  7. Bomba de suspensão – Facilita a vida do biker na hora de fazer o ajuste da suspensão e amortecedor traseiro. São encontradas em boas bike shops e variam de preço conforme a qualidade.
  8. Torquímetro – Indispensável na hora de apertar componentes delicados de carbono. São vendidos nas boas bike shops e lojas de ferramentas. Variam de preço conforme a qualidade.
  9. Extrator de cassete – Fundamental para quem gosta de uma limpeza completa na bike.
  10. Medidor de desgaste da corrente – Perfeito para acompanhar o estado da corrente.
  11. Selante – Quem usa pneus tubeless precisa estar de olho no estado do selante, pois ele evapora.
  12. Kit de remendo para tubeless – Quando o selante não tapa um furo, a saída é usar esse kit e fazer o reparo do pneu.

KIT AVANÇADO

Chave Allen de 8mm com cabo longo, chave inglesa grande, sangrador de freio hidráulico, 
chave da caixa de direção Head Set e chaves combinadas e fixas de vários tamanhos

  1. Chaves para cone (a porca interna) dos cubos de 13 a 19mm – Para desmontar apertar e desmontar o eixo das rodas
  2. Cavalete – Indispensável para fazer a manutenção com conforto e segurança. Existem modelos com pedestal (tripé) ou para fixação na parede.
  3. Sangrador de Freio – Custam relativamente caro. Tem que adquirir o modelo certo para os freios de sua bike
  4. Extrator de pedivela – Para fazer a limpeza e lubrificação dos eixos
  5. Jogos de chaves fixa – De 8 a 17mm .Para uso geral
  6. Chave Allen de 8mm com cabo longo – Serve para soltar o parafuso de alguns modelos de pedivela, que deve ser retirado posteriormente com o extrator.
  7. Chave inglesa grande – Para trabalhar em conjunto com o extrator do cassete ou do movimento central.
  8. Sacador de movimento central – Veja qual é o correto para sua bike. Existe o Hollowtech II da Shimano, GXP da Truvativ e o de cartucho selado (mais antigo).
  9. Chave para caixa de direção Head Set – Usado nas bikes mais antigas
  10. Chaves de boca de tamanhos diversos, podem ser com cabeça fixa ou combinada

Além das ferramentas, a lista avançada deve incluir também alguns produtos para limpeza e lubrificação. 

Da esquerda para direita: graxa à base de teflon, silicone, desengraxante cítrico, desemgripante UltraLub, 
óleo para corrente Squirt, graxa de Teflon (embalagem diferente), graxa Slick Honey à base de cera de abelhas

  1. Graxa de teflon Finish Line – Para usar em rolamentos, caixa de direção, caixa de centro, rodas, esferas, contato do canote de alumínio, rosca do pedal etc.
  2. Silicone em aerosol – Lubrifica e protege componentes externos, molas externas, partes internas do Rapid Fire, sob o canote, tirar barulhos, lubrificar os parafusos da mesa, parafusos de suspensão traseira, links etc
  3. Desengraxante – Prefira os cítricos e biodegradáveis que não contaminam o solo como o Muc Off, Finish Line e Pedro´s.
  4. Desengripante – Serve para soltar parafusos travados e oxidados. Existe o nacional UltraLube e o importado da Finish Line. Importante: esse tipo de óleo não deve ser usado para lubrificar a corrente.
  5. Lubrificante de corrente – O mercado oferece várias marcas. As mais comuns são Finish Line, Squirt, Muc Off e Pedro’s.
  6. Graxa tipo Slick Honey – Feita à base de cera de abelhas, essa graxa repele a água e é imbatível na lubrificação de cabos e também nos retentores (O’Rings) de suspensão e amortecedores.
  7. Óleo de freio – Verificar qual é o tipo utilizado em seu freio. A Magura usa fluido mineral da própria marca e não é compatível com o mineral da Shimano. Nos freios com fluidos do tipo DOT, observar o tipo de DOT recomendado e  seguir rigidamente a indicação do fabricante.

Pros menos habilidosos na mecânica das bikes, sugiro levar numa boa bicicletaria regularmente para revisão e lubrificação.

Lembrando que além das ferramentas do seu "kit de socorro", tenha sempre caramanhola para água ou mochila de hidratação, de acordo com a distância que vai ser percorrida. 

Para passeios noturnos ou que terminarão à noite, uma boa lanterna dianteira e sinalizador traseiro são indispensáveis. Não é legal terminar um passeio com a noite chegando, no escuro e sem água.

E aí, vamos arregaçar as mangas e arrumar esse kit?

Boas pedaladas a todos.


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SERVIÇO:

  • ESPAÇO BIKE - Av. Oliveira Paiva, 1520, Cidade dos Funcionários - (85) 3271-1531
  • CICLO DIAS - Rua Eduardo Perdigão, 137 - Parangaba - (85) 3225-2628
  • RPM BIKE SHOP - Rua Edgar Damasceno, 25, Meireles - (85) 8847-7511
*Fonte: Bikemagazine

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

7 dicas para pedalar na cidade

Usar a bike no dia-a-dia requer alguns cuidados para evitar que a solução vire também um problema




Se organize
Bicicleta também fura pneu sem aviso. Para evitar esquecer a câmara reserva ou o canivete de chaves para alguma regulagem, mantenha seu kit de reparos em uma bolsa de selim ou em algum compartimento do alforje que esteja usando. Defina um lugar para a chave do cadeado de maneira que ela sempre esteja com você. Muitos só lembram da chave depois de fechar a tranca.
Evite roupas amassadas
Camisas sem marcas podem ser obtidas se você usar uma bolsa para cabides, do tipo usados em lavanderias. Basta arrumar tudo na bolsa e depois enrolar para colocar no alforje. Ele pode ficar pra cima um pouco, mas a roupa vai chegar sem vinco.
Equipe sua magrela
Coloque bagageiros e alforjes que facilitem a vida nas cidades. Muitas vezes você vai precisar de mais espaço em um só volume do que vários bolsos para organizar coisas como aparecem nos alforjes destinados a viagens. Pesquise produtos para cidades. Existem alguns que se transformam em sacolas para irem com você para dentro do mercado.
Ache rotas alternativas
Já existem organizações e sites que mapeiam rotas alternativas nas cidades para que você evite avenidas. Procure essas rotas ou separe um domingo para testar caminhos alternativos entre sua casa e o trabalho.
Invista em um paraciclo
Seja em casa ou no trabalho, se sua bike ficar atrapalhando no meio de um ambiente ela pode se tornar um problema. Se o espaço for pequeno, invista em ganchos para colocá-la na vertical e fora da circulação de pessoas.
Proteja seu investimento
A famosa U-lock é prática e eficiente, mas pode não ser suficiente. Se o local de parada for ainda exposto, vale a pena investir também em travas flexíveis para prender selim, alforjes e partes móveis que possam ser sequestradas da bike.

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Por 
http://www.ondepedalar.com/escola_bicicleta/591868-7-dicas-para-pedalar-na-cidade.html

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Acerte corretamente a pressão dos pneus de sua bike

Por André Ramos*

André Ramos* é editor do website Mountain Bike Brasília
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pneu_capa











Um guia de referência rápida para seus pneus de mountain bike

Na maioria das vezes negligenciada, a pressão do ar aplicada ao pneu de uma bicicleta é essencial para a performance de sua pedalada. Pneus superinflados não aderem bem em curvas e não amortecem corretamente o terreno. Por outro lado, pneus com pressão abaixo do recomendável são propensos a danificar os aros das rodas, além da alta possibilidade de furos causados por snake bite (“mordida de cobra”), aqueles furos duplos na câmara de ar causados pela prensagem da ponta dos raios ou aro na câmara de ar.
Numerosos fatores devem ser levados em consideração para eleger qual a pressão ideal para o pneu, incluindo o peso do ciclista, condições do terreno e tamanho do pneu.
A tabela abaixo foi desenvolvida para servir como ponto de partida para ajudar a escolher a pressão correta em um pneu de mountain bike:

Pressão recomendada por peso do ciclista e tamanho do pneu

Peso do ciclista
(em kg)
  26 x
  2.0-2.2
  26 x
  2.2-2.4
  26 x
  2.4-2.6
  27,5
x   2.0-2.2
  29 x
  2.0-2.2
  29 x
  2.2-2.4
4530 psi27 psi24 psi25 psi26 psi24 psi
5031 psi28 psi25 psi26 psi27 psi25 psi
5532 psi29 psi26 psi27 psi28 psi26 psi
6033 psi30 psi27 psi28 psi29 psi27 psi
6534 psi31 psi28 psi29 psi30 psi28 psi
7035 psi32 psi29 psi30 psi31 psi29 psi
7536 psi33 psi30 psi31 psi32 psi30 psi
8037 psi34 psi31 psi32 psi33 psi31 psi
8538 psi35 psi32 psi33 psi34 psi32 psi
9039 psi36 psi33 psi34 psi35 psi33 psi
9540 psi37 psi34 psi35 psi36 psi34 psi
10041 psi38 psi35 psi36 psi37 psi35 psi
10542 psi39 psi36 psi37 psi38 psi36 psi
11043 psi40 psi37 psi38 psi39 psi37 psi
Obs.: Para pneus sem câmara (tubeless), coloque 3 psi a menos sobre o valor da tabela acima

Notas e dicas:

  • Coloque entre 2 a 5 psi de pressão a menos no pneu dianteiro em relação ao pneu traseiro. isto irá ajudar a aumentar a aderência nas curvas;
  • Em terreno com cascalho solto ou arenoso, diminua entre 1 a 3 psi em ambos os pneus. Em terrenos de terra firme, faça o contrário, aumente entre 1 a 3 psi;
  • Evite encher os pneu de sua bike em compressores de postos de gasolina. Eles foram otimizados para utilização com volumes maiores de ar em pressões menores, o contrário do que é utilizado em pneus de bicicleta. Se você pedala com frequência, considere adquirir uma boa bomba de piso. Existem diversos modelos no mercado em todas as faixas de preço. Quanto maior o barril da mesma, mais rápida ela irá encher o pneu e mais precisa será;
  • Pressionar os dedos contra as paredes laterais do pneu não é nem de longe a melhor maneira de se medir a pressão de um pneu. Melhor confiar no medidor de sua bomba de piso, ou melhor ainda: adquira um manômetro portátil. Um bom modelo digital de bolso não custa mais do que 50 reais nas boas casas do ramo.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Como usar o câmbio da sua bike

Acionadores manuais de câmbio: 

1. Mão direita para o câmbio traseiro, mão esquerda para câmbio dianteiro;
2. Quanto maior o número no indicador do acionador de câmbio, mais duro de pedalar fica, mais veloz a bicicleta vai;
3. Nos acionadores de câmbio que tem duas alavancas: a maior serve para amolecer o pedalar, a menor endurece o pedalar .

Para quem não sabe mudar as marchas: 

1. Aprenda usando só o câmbio traseiro (mão direita);
2. Esqueça o câmbio dianteiro por enquanto (mão esquerda);
3. Só acione o câmbio pedalando!;
4. Não olhe para os números do acionador;
5. Sempre pedalando, brinque com o acionador para sentir a diferença;
6. Descubra o que acontece com as pernas cada vez que é acionado o câmbio;
7. Mude uma marcha por vez e descubra quando fica mais cômodo pedalar.

O segredo é manter a velocidade média de giro da perna (cadência) o mais constante possível, mudando as marchas conforme a necessidade, exatamente como no uso do câmbio do carro. Suas pernas são o motor e há um momento correto para mudar as marchas - entre o girando demais e o forçando muito.

No carro você não fica olhando para a alavanca de câmbio e pensando a cada vez que vai engatar uma marcha, então não faça isto na bicicleta.

Automatize sua reação. 

Não importa em que marcha está, nem o número aparece no visor, nem qual você acredita ser a marcha ideal para aquele trecho. O que importa, e interessa de verdade, é quem deve comandar as marchas: são suas pernas. Elas é que vão dizer se a pedalada deve ser mais pesada ou mais leve.

Câmbio traseiro: 

1. Aprenda a sentir as mudanças de seu ritmo de pedalada causadas pelas mudanças de inclinação ou vento do trajeto;
2. Tente manter o pedalar entre 60 e 90 voltas por minuto (cadência);
3. Quanto mais constante melhor, portanto, sempre que necessário, use o câmbio;
4. Muda-se a marcha pedalando, de preferência diminuindo a força no pedal no exato momento da troca de marcha;
5. Câmbio traseiro aceita algum desaforo, mas seja sempre bem educado com ele;
6. No começo é chato, depois fica automático.

Câmbio dianteiro:

1. Quando há 3 coroas (cambio dianteiro): a coroa do meio é para qualquer situação, a maior é para descidas ou velocidade, a menor é para subidas fortes;
2. No acionador de câmbio esquerdo o número 1 é a coroa menor, o 2 é a do meio, e o 3 é a maior;
3. Aprenda a usar o câmbio traseiro com a corrente na coroa do meio (número 2);
4. No caso de ter só duas coroas, use a menor;
5. Só quando estiver firme no uso do câmbio traseiro é que se deve começar a usar o dianteiro;
6. Se tiver que fazer uma subida forte, e ainda não tem muita prática com o câmbio dianteiro, mude a marcha para a coroa menor antes da subida.

Muito importante!

Câmbio dianteiro não engata sob pressão! Não importa se a bicicleta é barata ou uma profissional. Câmbio dianteiro não aguenta desaforo! É necessário suavizar a pedalada no momento da troca de marchas.

Usando todas as marchas: (para quem já tem facilidade com as marchas)

1. Exemplo: a bicicleta tem 21 marchas, mas não tem 21 velocidades diferentes porque algumas marchas repetem a mesma relação de desmultiplicação (ou relação de velocidade);
2. Mantenha a concentração nos músculos da perna;
3. Não troque a marcha baseado no que está vendo;
4. Pode haver um "buraco" na relação: numa marcha está muito duro e na marcha seguinte está muito mole. Você terá que optar ou por diminuir a velocidade ou por fazer mais força;
5. Se passar da coroa do meio para a menor, endureça duas marcha no câmbio traseiro para manter uma continuidade na relação;
6. Se passar da coroa do meio para a maior, amoleça duas marcha no câmbio traseiro para manter uma continuidade na relação.

Importante!

- Evite cruzar a corrente;
- Não engate coroa maior na frente com relação maior atrás, ou coroa menor na frente com relação menor atrás.
- Nunca troque de marcha quando estiver pedalando em pé ou sem o apoio do selim.


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Do ÓTIMO blog: macedobike.blogspot.com.br