domingo, 7 de novembro de 2010

O adjetivo comum de dois gêneros vai logo logo dar lugar ao adjetivo adjetivo, o flexionado "presidentA".‏

Recebi um e-amil da minha irmã e achei muito legal. Resolvi então compartilhá-lo com todos que param pra ver o que se passa por aqui.

Que bom dia de segunda-feira feriada! Aqui, nesta estrutura da muito amada gramática da nossa língua portuguesa, o adjetivo feriada foi flexionado, de propósito, em gênero e número com o substantivo segunda-feira.
 
Booooooooooooooooooom dia, amigos e amigas, independentemente de terem sido ou não votantes de Dilma.
Isso agora de quem votou em quem não importa. Somos igualmente amigos eu e vocês todos. O que nos diferencia não nos separa nunca e as ... farpinhas atiradas saram. Já sararam. Com certeza todos reconhecerão no tempo as diferenças já semeadas nestes tempos de novo de esperanças sempre. É verdade, sou mesmo de muita esperança sempre. Quem me conhece mais, sabe. Eu não precisaria nem repetir. Mas repito. A esperança precisa ser repetida. Sempre. Mas nunca a mesma.
 
Que seja um booooooooooooom dia! Este e muitos incontáveis dias que virão de um tempo da primeira presidentA do Brasil.
 
Sem ... sexismos, pois não sou disso, sem feminismos e mais ismos etc, compreendo que logo logo todos, em todas as mídias, estarão, e nós mesmos logo estaremos no cotidiano, sem medo de errar, propagando, até sem nos sentirmos, o adjetivo flexionado "presidentA".
 
É, na verdade, como todos devem saber, este é, dentre outras classificações, um adjetivo comum de dois gêneros. Portanto é daqueles que só flexionam o determinante. Assim, por exemplo: o gerente, a gerente; este motorista, esta motorista. Será que é isso mesmo? Não tô muito preocupada nem parei pra pesquisas. E hoje é dia de pesquisa! Esta discussão decerto vai ... proliferar por aí e tiramos as dúvidas. Proliferar? Que palavra às vezes difícil de dizer! Mas que vai rolar muito mais discussão, isso vai. Que bom!
 
O certo é que não precisamos nos preocupar com a história de tentar entender como será chamado solenemente o marido da presidentA. Sim, porque, bem no começo da campanha, chegamos a atender alguns apelos e compreendemos que o esposo da presidentA é geralmente denominado de o primeiro-cavalheiro. Desta eu também não sabia mas a curiosidade de alguns nos levou à resposta. Mas pra que a Dilma se preocupar com isso? E nós? Os tempos são e serão sempre mais outros.
 
Ah! claro que tem por aí também o substantivo presidenta. Este que, dentre outras significações, quer dizer aquela que preside; ou então é também o feminino de presidente etc etc etc. Dizem até que pode ser ainda um substantivo comum a dois gêneros. Sei lá. Tem que ver o contexto. Mas sinceramente não tô nem aí! Pelo menos hoje. Os gramáticos que gastem neurônios com isso. Não sou gramático. Olha aí o adjetivão inflexionado de novo! É isso. Huuuuuuuuuuuu! O adjetivo "inflexionado" existe? Sei lá. Colocada a questão, talvez nossos estudantes tirem nossas dúvidas.
 
Mas importa que o contexto, nada gramatical, agora é outro e creio que se não deu pra discutir tanto quanto se queria na campanha, todo mundo meio "pisando em ovos", né, indo-se bem no popular, acho que logo tudo vira ação da mulher forte que, como era de se esperar, não perdeu quase lágrima ontem (pra que choro, se há tanto o que fazer?) .... e ela segurou mesmo as pontas do que seria o choro previsível a qualquer mulher comum, porém aquele era seu primeiro pronunciamento de presidentA do Brasil, conforme parece vai mesmo querer ser chamada, enquanto Lula, eu me lembro!, no seu tempo, gastou muitas delas, das lágrimas, sem a preocupação em quebrar o ... dito tão impregnado especialmente no nordestino de que "homem que é homem não chora".
 
Eu não tenho medo de dizer presidentA. Quem ainda não vê assim é porque não houve mesmo o tempo de se acostumar com o nome que ecoará na América Latina e por onde for: presideeeeeeeeeeeeeeeeenta. DILMA PRESIDENTA.
 
Me lembro de súbito de uma das maiores poetisas brasileiras que, num contexto de bem menos mulheres que escreviam poesia no Brasil, insistiu em se autointitular poeta e não poetisa. E é porque o feminino de poeta já estava ... inventado: poetisa. Mas ela quis ser chamada de poeta e, em toda a sua grandeza poética, não aderiu à talvez aparentemente para ela frágil palavra feminina poetisa. Isso também está no eu poético de um de seus poemas mais conhecidos, inclusive por ter sido musicado por Raimundo Fagner lá nas antigas. É este aí a seguir: o poema Motivo, da grande poetisa Cecília Meireles. Ou melhor, da poeta Cecília Meireles, esta que viveu, morreu, eternizou-se poeta.
 
Do poema Motivo, do qual acima insiro link, recopio: Não sou alegre/ nem sou triste/ Sou poeta.
 
Sem os ... essencialismos tão arraigados à mulher, como o nosso indispensável e atraente lado feminino etc, creio que Dilma presidentA, apesar da defesa que creio: fará das mulheres, assim como das crianças, do trabalhador, dos idosos e de todos os que puder incluir em favor das melhorias dos menos assistidos, conforme se compromete, não acredito que ela arranje tempo para se perder em ... filosofices, poetices, enfim, em outros ou outras ices quanto há aí no eu poético eternizado em Cecília Meireles. Quem não é alegre nem é triste é mesmo o quê, heim? Certamente às vezes o que é mais concreto é bem mais urgente!
 
Acho lindo este motivo inédito que hoje muitos e muitas temos de, não tão diferente assim da discussão existencial que faz Cecília Meireles no seu Motivo, e nem tão distante assim do lado decerto tão mulher de Dilma, colocarmos nossas esperanças no que virá. Grande abraço amigos e amigas. Meu coração é vermeeeeeeeeeeeeelho!
 
Há ... mais de 20 anos?
 
De Mailma de Sousa, minha querida irmã.

Um comentário:

  1. Está muito bom o texto..Esperamos que o governo esteja a altura dos encomios,também.

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