Vou repassar aqui um e-mail que recebi. Acho que vale a pena ler.
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A EXTINÇÃO DOS PROFESSORES
sábado, 26 de novembro de 2011
Nobres alunos, familiares, companheiros, colegas e demais pessoas que acompanham o trabalho dos profissionais do magistério. Acredito que todos estão vendo pela TV e jornais o problema sério que pelo qual está passando a escola pública e os professores. Não estou referindo-me às agressões físicas covardes patrocinadas pelo poder executivo e legislativo, que por si só já são crimes hediondos, mas a destruição total da carreira de professor.
Esta quase impossível continuar sendo professor nesta cidade, neste estado e neste país. Por que uma profissão que todos afirmam ser muito bonita e vital para a sociedade não atrai os jovens? Se é tão importante, por que um grande número de professores competentes estão deixando, abandonando, pedindo as contas e indo dedicar-se a outras atividades? É falta de dedicação, de vocação e de amor por esse trabalho? NÃO! NÃO É POR CAUSA DISSO!!!
Educação de qualidade é condição indispensável para a garantia de um futuro mais digno e livre para a sociedade. É a educação que pode melhorar o futuro. Mas, e o futuro dos professores? Por incrível que pareça estes NÃO TEM FUTURO!
Quando entramos em qualquer empresa ou quando sonhamos com um trabalho, uma profissão; nosso desejo é que este trabalho seja valorizado e garanta uma condição digna de vida para nossa família. Sonhamos com um trabalho que nos dê a possibilidade de crescermos enquanto indivíduos e exercermos com segurança material nossas potencialidades.
Para nós professores, este sonho, estas possibilidades estão sumarizadas no que se chama CARREIRA. Um governo sério procura não apenas respeitar o plano de carreira dos professores, mas melhorá-lo para que estes tenham as condições reais para desenvolver seu trabalho com qualidade.
E o que estão fazendo os governos? Exatamente o contrário. Estão piorando o que que já era ruim. Retirando direitos e precarizando ao máximo a carreira do magistério. De uma coisa os senhores e senhoras podem ter certeza: quem decidir ser professor atualmente saiba que caso não seja herdeiro de pelo menos um barraco, você vai morar na rua pois com o salário que ganhamos mal da para pagar um aluguel!
Se você decidir ser professor saiba também que não terá tempo para viver, pois todo ele será dedicado à salas de aulas lotadas e aos três turnos que você terá de trabalhar se quiser pagar suas contas sempre atrasadas.
Se você quiser ser professor saiba ainda que seus sábados e domingos serão dedicados a corrigir trabalhos escolares e se sobrar tempo, o que é quase impossível, talvez dê para elaborar aulas para o dia seguinte.
Se decidir ser professor, prepara-se para adoecer seriamente. Depressão por não ter tempo para dedicar-se aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Depressão por ser ridicularizado pelos governos de plantão e vez por outra ser chamado de vagabundo por algum deputado(a). Depressão por não poder nem ler um livro ou fazer um curso de aperfeiçoamento. Síndrome do Pânico por saber que corriqueiramente será alvo de agressões psicológicas, morais e físicas pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. Não esqueça que você pode perder a visão pelos efeitos do gás de pimenta que sempre será usado caso queira reclamar.
Se decidir ser professor saiba que a única possiblidade de mellhoria salarial é através da ascenção funcional consequida com estudos de pós-graduação. Pagos por você. Com os novos projetos de leis elaborados pelos governos e aprovados pelos parlamentos, o aumento é menor que o benefício pago pelo bolsa-família.
Se você decidir ser professor não esqueça que é a carreira de nível superior que possui os menores salários do país.
Se você decidir ser professor da escola pública e tiver que ser obrigado pelo governo a entrar em greve, saiba que o poder judiciário sempre julgará o movimento ilegal. Não se iluda. A lei nunca está nosso lado.
Na escola privada a situação não é muito diferente. O professor que reclamar de alguma coisa é sumariamente demitido. Na verdade essa é também a vontade dos governos estaduais e prefeituras.
E se você pensa que o sindicato da categoria é combativo e sempre sairá em sua defesa, ESQUEÇA! Nosso sindicato é uma vergonha, uma lástima. Sempre se alia aos governos de plantão contra os professores.
E aí? Tá afim? - Espero que sim. Se ainda existe um pouco de conhecimento científico, cultural e artístico nesta nação, agradeçamos as professores, que mesmo diante deste caos resistem bravamente. Contra tudo e contra todos. Os professores que ainda estão de pé merecem respeito. São eles os maiores defensores da educação. Mas, por mais competentes, sonhadores e combativos que sejamos, não é possível vencermos sozinhos. Cabe a esta sociedade: pai, mãe, avô/avó, trabalhadores sair em defesa dos professores.
OS PROFESSORES ESTÃO EM EXTINÇÃO.
HENRIQUE GOMES DE LIMA - PROFESSOR
Mexa-se! Nem que seja somente no fim de semana. Conheça novos caminhos, novos ares. Faça novos amigos e convide os velhos a sair da monotonia do escritório. #BoraPedalar
domingo, 27 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CARTA DOS PROFESSORES À COMUNIDADE
CARTA DOS PROFESSORES À COMUNIDADE
POR QUE ENTRAMOS NA GREVE E POR QUE A SUSPENDEMOS COM MOBILIZAÇÃO DURANTE 30 DIAS?
Cenário desolador: professores da rede pública de ensino do Ceará fora das salas de aula por 63 dias. Embora adiada a greve geral, teve, no entanto, que ser deflagrada em 5 de agosto de 2011, devido ao descumprimento da Lei Nacional do Piso, sancionada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal. Desde lá, lutamos por sua implantação, mas com repercussão na carreira do magistério, a fim de valorizar a formação profissional, conforme merecem antes os estudantes que da escola pública necessitam. Em assembleia geral, 7 de outubro, foi suspensa a greve por 30 dias, porém com mobilização. Com nova assembleia marcada para 11 de novembro, fez-se uma trégua em favor das negociações. Na verdade, uma imposição do governo Cid Gomes, que não negocia com categoria em greve.
NINGUÉM QUER NEM GOSTA DE FAZER GREVE!
Não se conhece quem queira ou goste de fazer greve. É prejudicial a todos. Prejudica estudantes e suas famílias na falta das aulas. E nós professores, dentre os prejuízos, sofremos o desconforto das agendas exaustivas de greve que acontecem quase sempre é na rua, ao invés de estarmos na escola, contribuindo para a formação estudantil. Compromisso de greve significa desgaste emocional, inclusive das horas ao sol sem resposta às reivindicações. Assim foi o episódio da quarta-feira, 28 de setembro, com agenda de concentração na pracinha do CEART e ida prevista ao Palácio Abolição. Inesperadamente precisamos de lá correr à Assembleia Legislativa, onde seria votada a mensagem do projeto de lei que destruiria a carreira de professor no Ceará.
Votação desastrosa de 36 votos dos deputados contra o magistério e 4 a favor, restava a sanção do governador que a propôs. Sancionou-a. Mas aquele dia da votação, 29 de setembro, conhecido como “a quinta-feira sangrenta” pelos meios de comunicação locais, nacionais e estrangeiros, consideramos de todas as necessárias manifestações a que causou mais indignação. Fomos todos agredidos. Nem só simbolicamente, mas com derramamento de sangue. Professores apanharam, sofreram humilhações e até spray de pimenta, perante os olhos antes cegos da imprensa que, “sensacionalistamente”, tudo então noticiou. Atestado o desrespeito a profissionais que lutamos, sim, porém de modo pacífico, pelo cumprimento de direitos, um dever do Estado.
Mais circunstâncias degradantes não faltariam. Basta-nos, porém, citar a “quebra” que a greve promove no cotidiano. Muda, não só a vida dos estudantes e de suas famílias, mas a nossa que, por exemplo, na proximidade do período natalino, já caminharíamos à conclusão do ano letivo, e o que temos? Apenas indefinição, temor, mesmo com a valentia e a unidade, diante das imposições de um governo irresponsável até com seus compromissos de campanha.
NÃO ESTAMOS SOZINHOS NEM FRACOS. ESTAMOS MOBILIZADOS, MESMO DANDO AULAS.
Neste momento delicado surgem afirmações generalizantes: 1. para os alunos tanto faz ter aula ou não; 2. estudantes e pais não compreendem a luta dos professores; 3. são poucos professores à frente do movimento; 4. professor em greve é individualista. Nenhuma das afirmações constitui verdade. Professor não quer nem gosta de greve. Estudante conhece os prejuízos de vivê-la. Ambos querem e precisam das aulas. Certamente entendem que a responsabilidade das greves é do governo imediatista que não prioriza a educação pública, escolhendo obras no estilo “faraônicas” que resultam em propagandas enganosas, em vez de investir e esperar para colher os frutos projetados ao bem maior de um povo: sua educação.
Certificando o visível descaso a este bem, há dinheiro para metas bilionárias como centro de eventos, aquário, reforma do Castelão. Mas, enquanto categoria, não estamos sozinhos nem fracos. Estivemos mobilizados por 63 dias e continuamos, mesmo dando aulas. Greves acabavam e não se discutia mais. A mobilização durante as aulas abre debates políticos inéditos.
Na trégua, persistimos na melhor estratégia de articulação, através da forte representação dos professores nos encontros zonais, semanalmente realizados, além de mais programações do sindicato APEOC: Plenária da Educação do Estado do Ceará, 24/10; e Marcha Nacional pelo Piso, Carreira e PNE (Plano Nacional de Educação), em 26/10; dentre outras valiosas ações da Rede de Zonais.
Debatemos com professores, estudantes e pais a opção pela “operação tartaruga”, não somente a fim de reduzirmos as aulas, mas para esclarecermos cotidianamente a comunidade escolar, inclusive sobre a possibilidade de retorno à greve, após a assembleia geral do dia 11, caso o governo não aponte solução já protelada.
O QUE ESPERAMOS?
Esperamos que o governo nos responda como merecemos, merecem os estudantes e suas famílias. Esperamos o entendimento de que não somos intransigentes, conforme levianamente mostram as propagandas de uma realidade que ninguém conhece. Esperamos o cumprimento do que é constitucionalmente obrigatório ao governo, este, sim, responsável por danos resultantes do desinteresse pela melhoria da escola pública de qualidade, debate constante nas disputas eleitorais. Esperamos o apoio dos estudantes, pais e de toda a comunidade escolar da região, pois decerto reconhecem o valor dos profissionais que somos. Jamais nos doaríamos a uma luta tão séria, se não fosse por necessidade. Não é, portanto, uma busca só de aumento salarial, mas é uma defesa coletiva da escola pública e dos que dela necessitam: nós professores, os estudantes e suas famílias.
POR QUE ENTRAMOS NA GREVE E POR QUE A SUSPENDEMOS COM MOBILIZAÇÃO DURANTE 30 DIAS?
Cenário desolador: professores da rede pública de ensino do Ceará fora das salas de aula por 63 dias. Embora adiada a greve geral, teve, no entanto, que ser deflagrada em 5 de agosto de 2011, devido ao descumprimento da Lei Nacional do Piso, sancionada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal. Desde lá, lutamos por sua implantação, mas com repercussão na carreira do magistério, a fim de valorizar a formação profissional, conforme merecem antes os estudantes que da escola pública necessitam. Em assembleia geral, 7 de outubro, foi suspensa a greve por 30 dias, porém com mobilização. Com nova assembleia marcada para 11 de novembro, fez-se uma trégua em favor das negociações. Na verdade, uma imposição do governo Cid Gomes, que não negocia com categoria em greve.
NINGUÉM QUER NEM GOSTA DE FAZER GREVE!
Não se conhece quem queira ou goste de fazer greve. É prejudicial a todos. Prejudica estudantes e suas famílias na falta das aulas. E nós professores, dentre os prejuízos, sofremos o desconforto das agendas exaustivas de greve que acontecem quase sempre é na rua, ao invés de estarmos na escola, contribuindo para a formação estudantil. Compromisso de greve significa desgaste emocional, inclusive das horas ao sol sem resposta às reivindicações. Assim foi o episódio da quarta-feira, 28 de setembro, com agenda de concentração na pracinha do CEART e ida prevista ao Palácio Abolição. Inesperadamente precisamos de lá correr à Assembleia Legislativa, onde seria votada a mensagem do projeto de lei que destruiria a carreira de professor no Ceará.
Votação desastrosa de 36 votos dos deputados contra o magistério e 4 a favor, restava a sanção do governador que a propôs. Sancionou-a. Mas aquele dia da votação, 29 de setembro, conhecido como “a quinta-feira sangrenta” pelos meios de comunicação locais, nacionais e estrangeiros, consideramos de todas as necessárias manifestações a que causou mais indignação. Fomos todos agredidos. Nem só simbolicamente, mas com derramamento de sangue. Professores apanharam, sofreram humilhações e até spray de pimenta, perante os olhos antes cegos da imprensa que, “sensacionalistamente”, tudo então noticiou. Atestado o desrespeito a profissionais que lutamos, sim, porém de modo pacífico, pelo cumprimento de direitos, um dever do Estado.
Mais circunstâncias degradantes não faltariam. Basta-nos, porém, citar a “quebra” que a greve promove no cotidiano. Muda, não só a vida dos estudantes e de suas famílias, mas a nossa que, por exemplo, na proximidade do período natalino, já caminharíamos à conclusão do ano letivo, e o que temos? Apenas indefinição, temor, mesmo com a valentia e a unidade, diante das imposições de um governo irresponsável até com seus compromissos de campanha.
NÃO ESTAMOS SOZINHOS NEM FRACOS. ESTAMOS MOBILIZADOS, MESMO DANDO AULAS.
Neste momento delicado surgem afirmações generalizantes: 1. para os alunos tanto faz ter aula ou não; 2. estudantes e pais não compreendem a luta dos professores; 3. são poucos professores à frente do movimento; 4. professor em greve é individualista. Nenhuma das afirmações constitui verdade. Professor não quer nem gosta de greve. Estudante conhece os prejuízos de vivê-la. Ambos querem e precisam das aulas. Certamente entendem que a responsabilidade das greves é do governo imediatista que não prioriza a educação pública, escolhendo obras no estilo “faraônicas” que resultam em propagandas enganosas, em vez de investir e esperar para colher os frutos projetados ao bem maior de um povo: sua educação.
Certificando o visível descaso a este bem, há dinheiro para metas bilionárias como centro de eventos, aquário, reforma do Castelão. Mas, enquanto categoria, não estamos sozinhos nem fracos. Estivemos mobilizados por 63 dias e continuamos, mesmo dando aulas. Greves acabavam e não se discutia mais. A mobilização durante as aulas abre debates políticos inéditos.
Na trégua, persistimos na melhor estratégia de articulação, através da forte representação dos professores nos encontros zonais, semanalmente realizados, além de mais programações do sindicato APEOC: Plenária da Educação do Estado do Ceará, 24/10; e Marcha Nacional pelo Piso, Carreira e PNE (Plano Nacional de Educação), em 26/10; dentre outras valiosas ações da Rede de Zonais.
Debatemos com professores, estudantes e pais a opção pela “operação tartaruga”, não somente a fim de reduzirmos as aulas, mas para esclarecermos cotidianamente a comunidade escolar, inclusive sobre a possibilidade de retorno à greve, após a assembleia geral do dia 11, caso o governo não aponte solução já protelada.
O QUE ESPERAMOS?
Esperamos que o governo nos responda como merecemos, merecem os estudantes e suas famílias. Esperamos o entendimento de que não somos intransigentes, conforme levianamente mostram as propagandas de uma realidade que ninguém conhece. Esperamos o cumprimento do que é constitucionalmente obrigatório ao governo, este, sim, responsável por danos resultantes do desinteresse pela melhoria da escola pública de qualidade, debate constante nas disputas eleitorais. Esperamos o apoio dos estudantes, pais e de toda a comunidade escolar da região, pois decerto reconhecem o valor dos profissionais que somos. Jamais nos doaríamos a uma luta tão séria, se não fosse por necessidade. Não é, portanto, uma busca só de aumento salarial, mas é uma defesa coletiva da escola pública e dos que dela necessitam: nós professores, os estudantes e suas famílias.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Repassando informação.
De Mailma de Sousa
Acabei de ver a propaganda do governo com uma nova cara de mulher que não convence, conclamando-nos ao retorno. Se querem saber, na minha opinião, isso faz parte do desespero deles e da certeza de que nada podem nas constantes e já antigas ameaças contra nós.
AGENDA:
ABOLIÇÃO NESTA QUINTA ÀS 15 HORAS E PAULO SARASATE ÀS 14 NA SEXTA (ZONAL ANTES DA ASSEMBLEIA ÀS 15 H.)
Estarei, estaremos lá. Nada de deixar a peteca cair, heim! Nem por um segundo. A vitória é nossa. Viva nosso zonal, que é forte. Ninguém duvida disso.
Grande abraço, companheiros e companheiras. Até lá.
Você professor, não deixe de comparecer. É hora de lutar pela melhoria da educação e contra o descaso com os professores.
Acabei de ver a propaganda do governo com uma nova cara de mulher que não convence, conclamando-nos ao retorno. Se querem saber, na minha opinião, isso faz parte do desespero deles e da certeza de que nada podem nas constantes e já antigas ameaças contra nós.
AGENDA:
ABOLIÇÃO NESTA QUINTA ÀS 15 HORAS E PAULO SARASATE ÀS 14 NA SEXTA (ZONAL ANTES DA ASSEMBLEIA ÀS 15 H.)
Estarei, estaremos lá. Nada de deixar a peteca cair, heim! Nem por um segundo. A vitória é nossa. Viva nosso zonal, que é forte. Ninguém duvida disso.
Grande abraço, companheiros e companheiras. Até lá.
Você professor, não deixe de comparecer. É hora de lutar pela melhoria da educação e contra o descaso com os professores.
domingo, 2 de outubro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Texto de minha irmã Mailma.
Meus companheiros e minhas companheiras nesta luta boa, que é justa e necessária. Tenho a convicção de que a vitória está em nossas mãos. Ou melhor, além de estar em nossas mãos, ela está em nossos pés, em nossa voz, em nossas ações fundamentais, decisivas nesta semana.
Queríamos um TAC e nos deram uma ATA, da qual não é novidade nem a tal da ameaça, arma eterna da tirania. Queríamos um SINDIcato e temos um CIDcato, segundo nosso sábio companheiro Werlayne.
E como é que a vitória está em nossas mãos? Vivendo intensamente a agenda de greve desta semana que é, repito, a mais decisiva de todas que já vivemos até agora. É ... visceral, companheiros e companheiras. Vamos lá. Quem não foi pra rua ainda, chegou a hora certa de ir. Quem já foi tanto, acha que cansou e pensa em recuar, sei que há forças. Saiba: não acredito no tal lema que no momento considero somente derrotista: "Recuar para avançar!". Isso não existe. Recuar agora é no mínimo se dizer analfabeto por não saber ler e por, feito patinho, acreditar no que diz a tal ... ATA de negociação sem negociação.
Temos força, companheiros e companheiras. Vamos avançar. Isso, sim. Porque podemos avançar com certeza.
Como avançar? Vamos, dentre outras atividades, lotar o zonal amanhã às 14 horas no Mariano Martins. Vamos fazer um ato beeeem significativo na quarta no Palácio da Abolição (Com a arte incrível do teatro de novo, se possível. E é possível.). E vamos lutar e vencer de novo na próxima assembleia, nesta sexta no Paulo Sarasate.
Não podemos desperdiçar a mobilização que todos sabemos: é histórica. Deixá-la a custo de nada? Já ... tomamos muito sol pra recuarmos diante de ameaças que nem sabemos como serão cumpridas. Se é que serão! Não é hora de desânimos individuais. Não estamos sozinhos. Não somos fracos. Esta greve é pra mim como ... a fênix mitológica, que de repente renasce. Não das cinzas, porque não somos cinza. Somos chama, somos fogo. E fogo acesíssimo com labaredas, companheiros e companheiras.
Em que me fortaleço? Não é coisa de mito relembrar que na quarta-feira passada, na Praça da Impressa, por volta de 9 horas, nos perguntávamos até aflitos cadê os companheiros de sempre na luta. Em menos de uma hora, seguimos com trio elétrico e nosso cortejo fúnebre conforme o planejado, e com mais banda de música cívica do 7 de setembro da nossa adorada Escola Antonieta Siqueira, uma grande grande força!, e mais outra força que é a banda marcial do Liceu. Nós com aquela multidão num ato que considero, analiso, avalio como um dos mais significativos de todos os que já fizemos! Não só pela quantidade de pessoas guerreiras, destemidas no solzão outra vez, mas pela enorme simbologia daquele cortejo, o velório, o sepultamento fantástico, encampado com certeza por nossos professores atores, imprescindíveis na educação. Isso que eu digo que é vida, é um renascer, a fênix novamente, é a continuidade da greve ainda.
Como podemos dizer que isso e tanto mais é fraco? Os zonais são fortes e tem mais a REDE DE ZONAIS, um diferencial também nesta greve. Como repetir lemas derrotistas do tipo: "Suspensão com mobilização!", companheiros e companheiras? Isso não existe. Existe AVANÇAR. NÓS PODEMOS, SIM, AVANÇAR.
Vamos à luta, companheiros e companheiras. Acreditar e lutar é fundamental neste momento. Nada de desânimo. Fosse no passado em que se criava o peru no quintal de casa, eu diria que nem o povo: "quem morre de véspera é peru!" Pois se precisaremos desanimar, ainda não chegou a hora.
Abraço graaaaaaaaaaaande. Abraço de unidade. A construção desta greve indiscutivelmente é nossa, dos professores da chamada base. Somos a base, por isso chegamos até aqui e somos fortes.
PARA NÃO ESQUECEREM:
"Dr. Vladeci Alvez O CID PODE ENTRAR COM PROCESSO DE ABANDONO DE EMPREGO? Não. Pois o abandono só pode ocorrer após o Cid Gomes publicar edital na imprensa convocando vcs e fixando os 30 dias. Ademais, o processo para demitir depende do julgamento da ilegalidade da greve, que pelo tema comporta ainda: JULGAMENTO DO MÉRITO, CONFIRMANDO A LIMINAR POR ACÓRDÃO; CABE RECURSO AO STF. Só depois quando não couber recurso é que pode executar e ele não será mais o governador. FIRMEZA, VCS ESTANDO DANDO UM GRANDE EXEMPLO AOS PROFESSORES DO BRASIL. Creio que deveriam conseguir audiência no dissídio da ilegalidade e ajuizarem o dissidio cobrando os direitos que dão causa à greve. FIRMEZA! UNIDADE! SERÃO VITORIOSOS!"
Queríamos um TAC e nos deram uma ATA, da qual não é novidade nem a tal da ameaça, arma eterna da tirania. Queríamos um SINDIcato e temos um CIDcato, segundo nosso sábio companheiro Werlayne.
E como é que a vitória está em nossas mãos? Vivendo intensamente a agenda de greve desta semana que é, repito, a mais decisiva de todas que já vivemos até agora. É ... visceral, companheiros e companheiras. Vamos lá. Quem não foi pra rua ainda, chegou a hora certa de ir. Quem já foi tanto, acha que cansou e pensa em recuar, sei que há forças. Saiba: não acredito no tal lema que no momento considero somente derrotista: "Recuar para avançar!". Isso não existe. Recuar agora é no mínimo se dizer analfabeto por não saber ler e por, feito patinho, acreditar no que diz a tal ... ATA de negociação sem negociação.
Temos força, companheiros e companheiras. Vamos avançar. Isso, sim. Porque podemos avançar com certeza.
Como avançar? Vamos, dentre outras atividades, lotar o zonal amanhã às 14 horas no Mariano Martins. Vamos fazer um ato beeeem significativo na quarta no Palácio da Abolição (Com a arte incrível do teatro de novo, se possível. E é possível.). E vamos lutar e vencer de novo na próxima assembleia, nesta sexta no Paulo Sarasate.
Não podemos desperdiçar a mobilização que todos sabemos: é histórica. Deixá-la a custo de nada? Já ... tomamos muito sol pra recuarmos diante de ameaças que nem sabemos como serão cumpridas. Se é que serão! Não é hora de desânimos individuais. Não estamos sozinhos. Não somos fracos. Esta greve é pra mim como ... a fênix mitológica, que de repente renasce. Não das cinzas, porque não somos cinza. Somos chama, somos fogo. E fogo acesíssimo com labaredas, companheiros e companheiras.
Em que me fortaleço? Não é coisa de mito relembrar que na quarta-feira passada, na Praça da Impressa, por volta de 9 horas, nos perguntávamos até aflitos cadê os companheiros de sempre na luta. Em menos de uma hora, seguimos com trio elétrico e nosso cortejo fúnebre conforme o planejado, e com mais banda de música cívica do 7 de setembro da nossa adorada Escola Antonieta Siqueira, uma grande grande força!, e mais outra força que é a banda marcial do Liceu. Nós com aquela multidão num ato que considero, analiso, avalio como um dos mais significativos de todos os que já fizemos! Não só pela quantidade de pessoas guerreiras, destemidas no solzão outra vez, mas pela enorme simbologia daquele cortejo, o velório, o sepultamento fantástico, encampado com certeza por nossos professores atores, imprescindíveis na educação. Isso que eu digo que é vida, é um renascer, a fênix novamente, é a continuidade da greve ainda.
Como podemos dizer que isso e tanto mais é fraco? Os zonais são fortes e tem mais a REDE DE ZONAIS, um diferencial também nesta greve. Como repetir lemas derrotistas do tipo: "Suspensão com mobilização!", companheiros e companheiras? Isso não existe. Existe AVANÇAR. NÓS PODEMOS, SIM, AVANÇAR.
Vamos à luta, companheiros e companheiras. Acreditar e lutar é fundamental neste momento. Nada de desânimo. Fosse no passado em que se criava o peru no quintal de casa, eu diria que nem o povo: "quem morre de véspera é peru!" Pois se precisaremos desanimar, ainda não chegou a hora.
Abraço graaaaaaaaaaaande. Abraço de unidade. A construção desta greve indiscutivelmente é nossa, dos professores da chamada base. Somos a base, por isso chegamos até aqui e somos fortes.
PARA NÃO ESQUECEREM:
"Dr. Vladeci Alvez O CID PODE ENTRAR COM PROCESSO DE ABANDONO DE EMPREGO? Não. Pois o abandono só pode ocorrer após o Cid Gomes publicar edital na imprensa convocando vcs e fixando os 30 dias. Ademais, o processo para demitir depende do julgamento da ilegalidade da greve, que pelo tema comporta ainda: JULGAMENTO DO MÉRITO, CONFIRMANDO A LIMINAR POR ACÓRDÃO; CABE RECURSO AO STF. Só depois quando não couber recurso é que pode executar e ele não será mais o governador. FIRMEZA, VCS ESTANDO DANDO UM GRANDE EXEMPLO AOS PROFESSORES DO BRASIL. Creio que deveriam conseguir audiência no dissídio da ilegalidade e ajuizarem o dissidio cobrando os direitos que dão causa à greve. FIRMEZA! UNIDADE! SERÃO VITORIOSOS!"
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Repassando...
Olhe aqui no site APEOC algo das notícias que não dizem quase diante do que se viveu nesta manhã de primeiro de setembro e então me esclareça quem foi que disse isso? Tanta gente repete! Mas alguém me diga aí se a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará é mesmo a tão alardeada Casa do Povo!?
É, sim, a casa dos senhores deputados, eleitos e pomposamente pagos por nós. E como se fossem ... ratos assustados, ficam em suas tocas, os rabos presos, quando, sentem ineditamente, quanto hoje, o clamor de professores, estudantes e seus pais.
Não nos esqueçamos: havia muitos muitos pais de estudantes com certeza.
E, com certeza também, deputados não estão acostumados com a vivência que inesperadamente tivemos hoje! Ainda mais na própria casa deles, né!
Foi de ... um nacionalismo! Que eu que não vou a estádios, mas, ainda assim, penso que não se vê tamanho nacionalismo nem em dia de clássico. Porque foi mesmo ... uma senhora aula de cidadãos para cidadãos!
Todos cidadãos numa aula nada planejada. Engraçado que em escola pública tudo é sempre tão planejadinho!
É, penso de repente que talvez nossos alunos andem realmente aprendendo bastante conosco! Nunca vi estudantes tão educados, viu! Por que, além dos tantos colegas professores, eles, os estudantes, eram ... uma multidaaaaaaaaaão. De surpreender mesmo mesmo. E tiveram, sim, a educação com que os professores decerto contribuímos, pois sabemos que eles, da idade e do jeito que são, e nós os conhecemos muito bem!, eles não temem nem o batalhão de choque, com que nos deparamos hoje dentro da Casa do Povo para recebê-los. Que aula! E que educação primorosa a de nossos estudantes!
São ... anos-luz mais destemidos que nós! É certo. Também! Ouvimos tanto já a voz suave da justiça e ... a tão propalada ... ilegalidade de nossas greves! Parece que nos tornamos ... medrosos demais, sabe! Ilegais? Nós? Ilegais por querermos cumprida a lei? Somos legais.
E nossos estudantes são legais. Não que eu não soubesse. Sabia. E como! Mas os estudantes tiveram uma educação! Que lição de ... civilidade! A civilidade de que nem sonham desfrutar os inúmeros hipócritas engravatados que têm como suas as casas que deveriam ser do povo. E eles se assustaram certamente, por exemplo, quando no silêncio costumeiro estrondaram, nas paredes elegantes de sua casa, as bandas de música escolares afinadas que só tocam em festa de 7 de Setembro. Claro que se apavoraram com os cartazes coloridos e as faixas cheias de verdades tão criativas! Na voz decidida as palavras de ordem. Suas fardas colegiais que certamente eles, os senhores deputados, em sua Casa do Povo, nunca nem viram de longe. Quanto mais de perto! E os instrumentos musicais? Dentre outros tantos tradicionais em marchas de setembros, uns mais que sonoros, feitos até de latas! Que imaginação! Deve de verdade ter sido um ... incômodo aquele ... 'frisson', a movimentação inusitada, as cores dos narizes de palhaços, o som dos apitos, a tão comum alegria já nossa até nas dificuldades. Manifestação, enfim, que para quantos deve ser sinônimo de ... confusão, baderna quem sabe?
O que dirão os telejornais com seus grilhões? E convicções também. Por que não dizer? Parece que muita gente sempre achou que profissão de professor é somente sacerdócio!
Quem viveu, viu e não esquecerá que o protesto de hoje foi a representação da cidadania, na forma de ... um pacifismo! Mas foi um ato, na minha compreensão, justo, necessário e até inevitável. Como estar de novo tão perto da Casa do Povo, como foi na manifestação da semana passada, e sequer querer conhecê-la? Brincando, eu disse a meus colegas professores mais próximos que só podia mesmo! A gente não leva 'os meninos' pra conhecerem esta tal Casa do Povo! E aí, no dia que eles têm oportunidade de conhecê-la, não disperdiçariam jamais. Destemidos quantos são! Estudantes são uma força indiscutível nesta greve!
Quem viveu hoje, jamais esquecerá a aula.
É, sim, a casa dos senhores deputados, eleitos e pomposamente pagos por nós. E como se fossem ... ratos assustados, ficam em suas tocas, os rabos presos, quando, sentem ineditamente, quanto hoje, o clamor de professores, estudantes e seus pais.
Não nos esqueçamos: havia muitos muitos pais de estudantes com certeza.
E, com certeza também, deputados não estão acostumados com a vivência que inesperadamente tivemos hoje! Ainda mais na própria casa deles, né!
Foi de ... um nacionalismo! Que eu que não vou a estádios, mas, ainda assim, penso que não se vê tamanho nacionalismo nem em dia de clássico. Porque foi mesmo ... uma senhora aula de cidadãos para cidadãos!
Todos cidadãos numa aula nada planejada. Engraçado que em escola pública tudo é sempre tão planejadinho!
É, penso de repente que talvez nossos alunos andem realmente aprendendo bastante conosco! Nunca vi estudantes tão educados, viu! Por que, além dos tantos colegas professores, eles, os estudantes, eram ... uma multidaaaaaaaaaão. De surpreender mesmo mesmo. E tiveram, sim, a educação com que os professores decerto contribuímos, pois sabemos que eles, da idade e do jeito que são, e nós os conhecemos muito bem!, eles não temem nem o batalhão de choque, com que nos deparamos hoje dentro da Casa do Povo para recebê-los. Que aula! E que educação primorosa a de nossos estudantes!
São ... anos-luz mais destemidos que nós! É certo. Também! Ouvimos tanto já a voz suave da justiça e ... a tão propalada ... ilegalidade de nossas greves! Parece que nos tornamos ... medrosos demais, sabe! Ilegais? Nós? Ilegais por querermos cumprida a lei? Somos legais.
E nossos estudantes são legais. Não que eu não soubesse. Sabia. E como! Mas os estudantes tiveram uma educação! Que lição de ... civilidade! A civilidade de que nem sonham desfrutar os inúmeros hipócritas engravatados que têm como suas as casas que deveriam ser do povo. E eles se assustaram certamente, por exemplo, quando no silêncio costumeiro estrondaram, nas paredes elegantes de sua casa, as bandas de música escolares afinadas que só tocam em festa de 7 de Setembro. Claro que se apavoraram com os cartazes coloridos e as faixas cheias de verdades tão criativas! Na voz decidida as palavras de ordem. Suas fardas colegiais que certamente eles, os senhores deputados, em sua Casa do Povo, nunca nem viram de longe. Quanto mais de perto! E os instrumentos musicais? Dentre outros tantos tradicionais em marchas de setembros, uns mais que sonoros, feitos até de latas! Que imaginação! Deve de verdade ter sido um ... incômodo aquele ... 'frisson', a movimentação inusitada, as cores dos narizes de palhaços, o som dos apitos, a tão comum alegria já nossa até nas dificuldades. Manifestação, enfim, que para quantos deve ser sinônimo de ... confusão, baderna quem sabe?
O que dirão os telejornais com seus grilhões? E convicções também. Por que não dizer? Parece que muita gente sempre achou que profissão de professor é somente sacerdócio!
Quem viveu, viu e não esquecerá que o protesto de hoje foi a representação da cidadania, na forma de ... um pacifismo! Mas foi um ato, na minha compreensão, justo, necessário e até inevitável. Como estar de novo tão perto da Casa do Povo, como foi na manifestação da semana passada, e sequer querer conhecê-la? Brincando, eu disse a meus colegas professores mais próximos que só podia mesmo! A gente não leva 'os meninos' pra conhecerem esta tal Casa do Povo! E aí, no dia que eles têm oportunidade de conhecê-la, não disperdiçariam jamais. Destemidos quantos são! Estudantes são uma força indiscutível nesta greve!
Quem viveu hoje, jamais esquecerá a aula.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Caminhada com a comunidade
PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE! PARTICIPE! DIVULGUE!
DIA 30 DE AGOSTO - terça-feira. Caminhada com a comunidade. Pais, alunos e professores juntos em defesa da educação. Concentração às 15h - Praça do Henrique Jorge, em frente ao EEFM Mariano Martins. Grande ato público em defesa dos profissionais da educação e da educação pública de qualidade. Uma caminhada pela comunidade, com pais, alunos e professores juntos em defesa da educação.
DIA 30 DE AGOSTO - terça-feira. Caminhada com a comunidade. Pais, alunos e professores juntos em defesa da educação. Concentração às 15h - Praça do Henrique Jorge, em frente ao EEFM Mariano Martins. Grande ato público em defesa dos profissionais da educação e da educação pública de qualidade. Uma caminhada pela comunidade, com pais, alunos e professores juntos em defesa da educação.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
Há muitos anos Chico Buarque escreveu...
Apesar de você
Chico Buarque - 1970
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Naquela época vimos cenas como essas...
Felizmente aquele tempo já passou. Será?
Vivemos hoje numa democracia, com deveres e direitos iguais para todos.
É mesmo? Talvez essa não seja uma "máxima".
Ontem a Assembeia Legislativa do Estado do Ceará aprovou uma "Lei" que ao meu ver infringe totalmente todos os conceitos de democracia. Infringe o direito de todo cidadão, o direito de ir e vir. Fere a constituição brasileira. No mínimo ouve "má fé" na aprovação de tal lei, pois apenas 25 deputados estavam presentes e destes só quatro votaram contra. Seria coincidência só estarem ali deputados da base do governo, a metade dos 46 deputados da casa?
Lei aprovada pela Assembleia.
Esta é a área a ser bloqueada caso o nosso Governador sinta-se ameaçado por manifestações públicas, direito de todos, desde que pacíficas e com propósitos realmente justificados.
Será realmente necessário o bloqueio de 40 quarteirões no entorno do PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ para que nosso administrador fiquei "seguro"?
O palácio do governo além de ser a sede do governo estadual, é patrimônio do povo cearense, e não propriedade do governador.
É uma vergonha o que tem acontecido em nosso estado. Me entristece ainda mais ver pessoas de boa íundole na base governista. É uma pena! Só me resta esse desabafo e mostrar algumas imagens de como são manifestações em Brasília - Já pensou o tamanho da área a ser bloqueada para que nossa presidenta tenha "segurança" em manifestações públicas?
Olhem só.
Pensem nisso!
Apesar de você
Chico Buarque - 1970
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Naquela época vimos cenas como essas...
Felizmente aquele tempo já passou. Será?
Vivemos hoje numa democracia, com deveres e direitos iguais para todos.
É mesmo? Talvez essa não seja uma "máxima".
Ontem a Assembeia Legislativa do Estado do Ceará aprovou uma "Lei" que ao meu ver infringe totalmente todos os conceitos de democracia. Infringe o direito de todo cidadão, o direito de ir e vir. Fere a constituição brasileira. No mínimo ouve "má fé" na aprovação de tal lei, pois apenas 25 deputados estavam presentes e destes só quatro votaram contra. Seria coincidência só estarem ali deputados da base do governo, a metade dos 46 deputados da casa?
Lei aprovada pela Assembleia.
Esta é a área a ser bloqueada caso o nosso Governador sinta-se ameaçado por manifestações públicas, direito de todos, desde que pacíficas e com propósitos realmente justificados.
Será realmente necessário o bloqueio de 40 quarteirões no entorno do PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ para que nosso administrador fiquei "seguro"?
O palácio do governo além de ser a sede do governo estadual, é patrimônio do povo cearense, e não propriedade do governador.
É uma vergonha o que tem acontecido em nosso estado. Me entristece ainda mais ver pessoas de boa íundole na base governista. É uma pena! Só me resta esse desabafo e mostrar algumas imagens de como são manifestações em Brasília - Já pensou o tamanho da área a ser bloqueada para que nossa presidenta tenha "segurança" em manifestações públicas?
Olhem só.
Pensem nisso!
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Proteção desmedida. E a população, como fica?
Bloqueio no tráfego agrava o caos no trânsito
Polícia e AMC cercaram o entorno da sede do governo para proteger o prédio de um protesto de professores
Quem precisou passar, ontem, pelas proximidades do Palácio Abolição, enfrentou grandes congestionamentos. É que todo o entorno do equipamento foi bloqueado pela Polícia Militar e pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) com objetivo de proteger o prédio de uma manifestação que era realizada por professores da rede estadual. Até quem não estava no ato foi impedido de passar, mesmo a pé.
Quem precisou passar, ontem, pelas proximidades do Palácio Abolição, enfrentou grandes congestionamentos. É que todo o entorno do equipamento foi bloqueado pela Polícia Militar e pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) com objetivo de proteger o prédio de uma manifestação que era realizada por professores da rede estadual. Até quem não estava no ato foi impedido de passar, mesmo a pé.
A medida gerou revolta em transeuntes, que tiveram de andar mais para chegar ao seu destino. "Isso é um absurdo, fui impedida de andar em vias públicas. Não me deixaram ir nem no prédio e nem na loja. O Brasil é um País democrático, o cidadão tem direito de ir e vir", reclamou a pedagoga do Ministério da Educação Tatiane Lima, 46 anos. Segundo ela, o que mais revoltou foi a justificativa dada pelos policiais. "Eles disseram que eu não poderia passar da barreira, por questões de segurança, mas quando perguntei se seria a segurança da população, eles responderam que não, que é a segurança das autoridades", relatou.
O vendedor Thiago Diogo Jacinto, 22 anos, que fazia entregas na casa de clientes, também foi impedido de seguir pela Avenida Barão de Studart. "Não me deram nenhuma justificativa, só não me deixaram passar. Fiquei surpreso, não sei o que está acontecendo", afirmou.
O bloqueio do tráfego abrangeu o quadrilátero entre as Ruas Deputado Moreira da Rocha, Dr. José Lourenço, Tenente Benévolo e Nunes Valente, que fica três ruas antes do Palácio da Abolição. Professores e alunos se concentraram no cruzamento das Ruas Deputado Moreira da Rocha com Avenida Barão de Studart, separados por um pelotão de policiais militares e por uma grade de isolamento.
Desproporção
Mesmo se tratando de uma manifestação pacífica, sem confrontos, chamou a atenção o aparato de segurança montado, inclusive com a presença do Batalhão de Choque. Foram deslocados ao local três caminhões de policiais. Claudete Carvalho, professora do Estado há dez anos, avalia que era muita segurança para uma manifestação. "Agora tem rua própria para o governador, a gente não pode nem andar a pé. A via, que é pública, agora é dele", ironizou.
Estudantes também marcaram presença. Foram cerca de 12 alunos do Liceu de Caucaia e 40 da EEFM Antonieta Siqueira, no bairro Jóquei Clube. A banda Fanfarra, que só toca no 7 de setembro, foi à manifestação chamar atenção da sociedade para o problema educacional.
Na próxima segunda-feira, 22, uma nova Assembleia Geral da categoria será realizada às 15h, no Ginásio Paulo Sarasate, quando definirão pela continuidade ou não da greve e a agenda de atividades
Repercussão
Anísio Melo, presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), diz que, em vez da repressão, os professores querem negociação. "Queremos garantir que a nossa carreira não seja atacada, que os nossos direitos sejam respeitados e que o professor tenha valor", destacou.
Thiago Pinheiro, presidente da Comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), ressalta que, se o objetivo do bloqueio foi inibir o direito de manifestação dos movimentos sociais, a OAB é contra, pois um movimento pacífico não pode ser tolhido.
O Governo do Estado, através da assessoria de comunicação, informou que o bloqueio foi organizado por causa do protesto e que o objetivo era garantir a proteção tanto do Palácio da Abolição, que é um prédio tombado, quanto da população e dos manifestantes.
LUANA LIMA
REPÓRTER
O vendedor Thiago Diogo Jacinto, 22 anos, que fazia entregas na casa de clientes, também foi impedido de seguir pela Avenida Barão de Studart. "Não me deram nenhuma justificativa, só não me deixaram passar. Fiquei surpreso, não sei o que está acontecendo", afirmou.
O bloqueio do tráfego abrangeu o quadrilátero entre as Ruas Deputado Moreira da Rocha, Dr. José Lourenço, Tenente Benévolo e Nunes Valente, que fica três ruas antes do Palácio da Abolição. Professores e alunos se concentraram no cruzamento das Ruas Deputado Moreira da Rocha com Avenida Barão de Studart, separados por um pelotão de policiais militares e por uma grade de isolamento.
Desproporção
Mesmo se tratando de uma manifestação pacífica, sem confrontos, chamou a atenção o aparato de segurança montado, inclusive com a presença do Batalhão de Choque. Foram deslocados ao local três caminhões de policiais. Claudete Carvalho, professora do Estado há dez anos, avalia que era muita segurança para uma manifestação. "Agora tem rua própria para o governador, a gente não pode nem andar a pé. A via, que é pública, agora é dele", ironizou.
Estudantes também marcaram presença. Foram cerca de 12 alunos do Liceu de Caucaia e 40 da EEFM Antonieta Siqueira, no bairro Jóquei Clube. A banda Fanfarra, que só toca no 7 de setembro, foi à manifestação chamar atenção da sociedade para o problema educacional.
Na próxima segunda-feira, 22, uma nova Assembleia Geral da categoria será realizada às 15h, no Ginásio Paulo Sarasate, quando definirão pela continuidade ou não da greve e a agenda de atividades
Repercussão
Anísio Melo, presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), diz que, em vez da repressão, os professores querem negociação. "Queremos garantir que a nossa carreira não seja atacada, que os nossos direitos sejam respeitados e que o professor tenha valor", destacou.
Thiago Pinheiro, presidente da Comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), ressalta que, se o objetivo do bloqueio foi inibir o direito de manifestação dos movimentos sociais, a OAB é contra, pois um movimento pacífico não pode ser tolhido.
O Governo do Estado, através da assessoria de comunicação, informou que o bloqueio foi organizado por causa do protesto e que o objetivo era garantir a proteção tanto do Palácio da Abolição, que é um prédio tombado, quanto da população e dos manifestantes.
LUANA LIMA
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Professor é mesmo da luta!
Repasso aqui o texto da minha querida irmã, professora Mailma Sousa.
Educação é tudo!
Totalmente 'cercado' ... encastelado mesmo ( há quarteirões de se ficar de queixo caído com tamanho aparato ... 'eles' como se fosse num contexto de guerra), foi como hoje de manhã encontramos o Palácio da Abolição.
Em vez de ouvir os professores, em vez de nos pagar o que deve, o governo Cid Gomes se encastela pelas bem equipadas ( e bem vestidas, diga-se: são ... lindas e diversificadas aquelas fardas! Eu acho.) forças repressivas a seu serviço, o que nos levou, claro, a andar quarteirões e mais quarteirões no solzão, em busca de uma brechinha que fosse para fazermos a manifestação.
Professor é mesmo da luta! Quem duvida disso? É chuva ou sol, de manhã ou de tarde, perto ou longe.
Apesar das pretensas intimidações, os lugares longe etc, a manifestação aconteceu, sim, e inflamou ainda mais os muitos professores. E principalmente ficou também marcada pelo número crescente de estudantes, estes que têm sido participação ativa. Em especial os estudantes que atuam na banda do nosso vizinho Antonieta Siqueira, já uma marca indiscutível desta greve. Dentre muitas muitas ... muitas falas necessárias e diferentes manifestações desta manhã, o discurso que particularmente me chamou mais a atenção foi o do vereador João Alfredo.
Se tiverem interesse, acessem notícias, agenda etc e, como este aí que lhes envio, os muitos vídeos na TV APEOC. Esta TV APEOC pode ser uma de nossas principais mídias neste momento complicado de greve. A greve é forte.
Não esqueçam: juntos somos cada vez mais fortes, companheiros e companheiras.
Quem vai a uma manifestação como a de hoje sabe por que não recuar.
Abraço grande de saúde e mais unidade sempre. Até.
P.S.
Segunda, 22, às 15 horas, assembleia no PS (e não às 8 como estava no site APEOC).
Dentre outras programações (zonal no Mariano Martins terça, 23, às 8 da manhã, para articular ato de rua no percurso Mariano-Heráclito), tem importante concentração na Praça da Imprensa, quinta, 25, às 8 da manhã, para manifestação na Assembleia Legislativa.
Quarta, 24, às 8, ato unificado de categorias em greve etc na Praça do Ferreira.
Educação é tudo!
Totalmente 'cercado' ... encastelado mesmo ( há quarteirões de se ficar de queixo caído com tamanho aparato ... 'eles' como se fosse num contexto de guerra), foi como hoje de manhã encontramos o Palácio da Abolição.
Em vez de ouvir os professores, em vez de nos pagar o que deve, o governo Cid Gomes se encastela pelas bem equipadas ( e bem vestidas, diga-se: são ... lindas e diversificadas aquelas fardas! Eu acho.) forças repressivas a seu serviço, o que nos levou, claro, a andar quarteirões e mais quarteirões no solzão, em busca de uma brechinha que fosse para fazermos a manifestação.
Professor é mesmo da luta! Quem duvida disso? É chuva ou sol, de manhã ou de tarde, perto ou longe.
Apesar das pretensas intimidações, os lugares longe etc, a manifestação aconteceu, sim, e inflamou ainda mais os muitos professores. E principalmente ficou também marcada pelo número crescente de estudantes, estes que têm sido participação ativa. Em especial os estudantes que atuam na banda do nosso vizinho Antonieta Siqueira, já uma marca indiscutível desta greve. Dentre muitas muitas ... muitas falas necessárias e diferentes manifestações desta manhã, o discurso que particularmente me chamou mais a atenção foi o do vereador João Alfredo.
Se tiverem interesse, acessem notícias, agenda etc e, como este aí que lhes envio, os muitos vídeos na TV APEOC. Esta TV APEOC pode ser uma de nossas principais mídias neste momento complicado de greve. A greve é forte.
Não esqueçam: juntos somos cada vez mais fortes, companheiros e companheiras.
Quem vai a uma manifestação como a de hoje sabe por que não recuar.
Abraço grande de saúde e mais unidade sempre. Até.
P.S.
Segunda, 22, às 15 horas, assembleia no PS (e não às 8 como estava no site APEOC).
Dentre outras programações (zonal no Mariano Martins terça, 23, às 8 da manhã, para articular ato de rua no percurso Mariano-Heráclito), tem importante concentração na Praça da Imprensa, quinta, 25, às 8 da manhã, para manifestação na Assembleia Legislativa.
Quarta, 24, às 8, ato unificado de categorias em greve etc na Praça do Ferreira.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Manguinhas de fora
Esse é o nosso governador
É lamentável o que tem ocorrido em nosso Estado no que diz respeito às negociações com trabalhadores em greve. Para nos situarmos vou postar aqui a situação atual dos salários de professores estaduais e a nova proposta do governador em matéria exibida pela TV Jangadeiro. No mesmo vídeo a “fala” do governador sobre o que acha da paralização.
Aqui o link da matéria.
Para piorar ainda mais a situação, nos últimos dias uma declaração do nosso "querido" governador acirrou ainda mais os ânimos.
Até parece que por amor a profissão os professores devam abrir mão dos seus salários. Duvido que ele abra mão do de Governador do Estado do Ceará e trabalhe por gosto.
---
Um desabafo
Para falar a verdade, não é a primeira vez que Cid Gomes põe as manguinhas de fora e mostra toda a sua arrogância e prepotência. Sinto-me envergonhado de ter elegido uma pessoa com tamanho declínio ao autoritarismo como ele. Isso é bem familiar aos Ferreira Gomes. Torcer para que o bom censo volte à cabeça do governador e que ninguém saia ainda mais prejudicado.
Boa sorte aos professores do nosso Estado.
Educação é tudo!
É lamentável o que tem ocorrido em nosso Estado no que diz respeito às negociações com trabalhadores em greve. Para nos situarmos vou postar aqui a situação atual dos salários de professores estaduais e a nova proposta do governador em matéria exibida pela TV Jangadeiro. No mesmo vídeo a “fala” do governador sobre o que acha da paralização.
Aqui o link da matéria.
Para piorar ainda mais a situação, nos últimos dias uma declaração do nosso "querido" governador acirrou ainda mais os ânimos.
Até parece que por amor a profissão os professores devam abrir mão dos seus salários. Duvido que ele abra mão do de Governador do Estado do Ceará e trabalhe por gosto.
---
Um desabafo
Para falar a verdade, não é a primeira vez que Cid Gomes põe as manguinhas de fora e mostra toda a sua arrogância e prepotência. Sinto-me envergonhado de ter elegido uma pessoa com tamanho declínio ao autoritarismo como ele. Isso é bem familiar aos Ferreira Gomes. Torcer para que o bom censo volte à cabeça do governador e que ninguém saia ainda mais prejudicado.
Boa sorte aos professores do nosso Estado.
Educação é tudo!
domingo, 14 de agosto de 2011
O Filho Que Eu Quero Ter
Acordei cedinho com meu filho Guilherme com o presente do dia dos pais. Não pude deixar de lembrar dessa música extraordinária do nosso querido Toquinho.
Imediatamente me pus a chorar ao ouvir a letra. Chorar de alegria por ter um filho tão especial como o Guilherme. Ter um filho é uma benção increditável, apesar do trabalho e das obrigações. Não me imagino mais sem ele em nenhum momento da minha vida.
Por isso, sejam pais presentes, carinhosos, pacientes... Sejam PAIS de verdade.
----
O Filho Que Eu Quero Ter
Toquinho
Composição: Toquinho/ Vinicius de Moraes
É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem
De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.
Imediatamente me pus a chorar ao ouvir a letra. Chorar de alegria por ter um filho tão especial como o Guilherme. Ter um filho é uma benção increditável, apesar do trabalho e das obrigações. Não me imagino mais sem ele em nenhum momento da minha vida.
Por isso, sejam pais presentes, carinhosos, pacientes... Sejam PAIS de verdade.
----
O Filho Que Eu Quero Ter
Toquinho
Composição: Toquinho/ Vinicius de Moraes
É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem
De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.
domingo, 7 de agosto de 2011
Difícil não se emocionar.
Sei bem o que sentiu minha irmã quando leu esse artigo. Talvez menos um pouco do que ela que viveu muito mais perto dele que eu. Tem uma música do Renato Russo que me faz derramar lágrimas sempre que ouço. Diz mais ou menos assim:
" É tão estranho. Os bons morrem jóvens... e assim parece ser quando me lembro de você. Que acabou indo embora, cedo demais."
Saudades do meu querido cunhado que partiu cedo demais.
........
11 de agosto, quinta- feira próxima,
Almiro Vieira dos Santos Filho
( 1961- 1998) faria seu cinquentenário.
E se o que seria aniversário me
reaviva o luto de forma ainda mais
densa não é tão - somente por ele ser
meu irmão caçula e por termos tido
uma monolítica amizade desde a
infância , mas também em função de
seu significado para a história do
cinema no Ceará.
Nas décadas de 80 e 90, esse
produtor - historiador atuou para que
filmes como Caminhos sem fim , de
Heitor Costa Lima (1949 ) e Padre
Cícero : Milagres do Juazeiro, de Helder
Martins (1975 ) fossem restaurados,
além de liderar a produção de Cinema
Cearense: Alguma História, média-
metragem de Firmino Holanda (1989 )
sobre os primórdios de nossa
cinematografia . No campo das
iniciativas de criação , Almiro produziu ,
dentre outros , os curtas Um cotidiano
perdido no tempo (1988 ) e Último dia
de sol , de Nirton Venâncio (1999 ).
Em parceria com Ernani Paiva realizou
trabalhos de publicidade e
propaganda em diversos estados do
Norte e Nordeste . Sob o patrocínio da
Universidade Federal do Ceará
viabilizou com Pedro Jorge de Castro o
I Festival de Cinema de Fortaleza
( 1985) , e com Dulcinéia Gil , a edição
do FestRio no Cine São Luiz (1889 ). No
final dos anos 80 presidiu a Secção
estadual da Associação Brasileira de
Documentaristas e criou o Cineclube
Di Maio. Na Secretaria da Cultura do
Estado ( gestão de Violeta Arraes )
dirigiu o Departamento de
Audiovisual .
Meses antes de ser surpreendido por
um infarto fulminante em 1998 ,
prestes a fazer 37 anos , Almiro estava
em entendimentos com o nosso
Museu da Imagem e do Som para
implantar um projeto que objetivava
telecinar filmes alusivos ao Ceará,
constituir acervos cinematográficos e
compor biblioteca de roteiros.
Fiel à paixão de descobrir referenciais
da memória do povo cearense , sua
vida foi um deixar-se tomar talvez por
impulsos proustianos e efetuar
processos regressivos em busca de
um tempo perdido que, no entanto ,
não era o seu . Lutava contra os
inexoráveis desgastes dos fotogramas,
certo de que o passado não é apenas
o que passou , mas , sobretudo , o que
o presente filtra e ressignifica .
Perscrutando intrincados indícios em
cinematecas e arquivos , públicos ou
não, sua pesquisa tinha a aura da
mítica Ariadne, desemaranhando fios
para resgatar do labirinto vestígios do
que parecia às vezes já não mais
existir . Nenhum empecilho o
desmotivava , mesmo que tivesse de
revolver películas dos escombros .
Quanto maior fosse o desafio de
garimpar uma raridade , maior o seu
fascínio diante do achado. Garimpava
imagens como quem no cascalho
procura pedras preciosas.
É assim que o revejo, de modo
recorrente , em sonho: exultante como
um menino que com a última figura
em mãos completa finalmente um
quebra - cabeça . Entretanto , ao
acordar e relembrar sua morte
repentina e prematura , persiste em
mim a sensação de que a peça
fundamental desse quebra -cabeça se
perdeu para sempre e não resta , pois ,
mais nada que possa se encaixar para
preencher o vazio .
Ricardo Guilherme
ricardo - guilherme@uol .com. br
Teatrólogo , escritor e membro do
Conselho de Leitores de O POVO
" É tão estranho. Os bons morrem jóvens... e assim parece ser quando me lembro de você. Que acabou indo embora, cedo demais."
Saudades do meu querido cunhado que partiu cedo demais.
........
11 de agosto, quinta- feira próxima,
Almiro Vieira dos Santos Filho
( 1961- 1998) faria seu cinquentenário.
E se o que seria aniversário me
reaviva o luto de forma ainda mais
densa não é tão - somente por ele ser
meu irmão caçula e por termos tido
uma monolítica amizade desde a
infância , mas também em função de
seu significado para a história do
cinema no Ceará.
Nas décadas de 80 e 90, esse
produtor - historiador atuou para que
filmes como Caminhos sem fim , de
Heitor Costa Lima (1949 ) e Padre
Cícero : Milagres do Juazeiro, de Helder
Martins (1975 ) fossem restaurados,
além de liderar a produção de Cinema
Cearense: Alguma História, média-
metragem de Firmino Holanda (1989 )
sobre os primórdios de nossa
cinematografia . No campo das
iniciativas de criação , Almiro produziu ,
dentre outros , os curtas Um cotidiano
perdido no tempo (1988 ) e Último dia
de sol , de Nirton Venâncio (1999 ).
Em parceria com Ernani Paiva realizou
trabalhos de publicidade e
propaganda em diversos estados do
Norte e Nordeste . Sob o patrocínio da
Universidade Federal do Ceará
viabilizou com Pedro Jorge de Castro o
I Festival de Cinema de Fortaleza
( 1985) , e com Dulcinéia Gil , a edição
do FestRio no Cine São Luiz (1889 ). No
final dos anos 80 presidiu a Secção
estadual da Associação Brasileira de
Documentaristas e criou o Cineclube
Di Maio. Na Secretaria da Cultura do
Estado ( gestão de Violeta Arraes )
dirigiu o Departamento de
Audiovisual .
Meses antes de ser surpreendido por
um infarto fulminante em 1998 ,
prestes a fazer 37 anos , Almiro estava
em entendimentos com o nosso
Museu da Imagem e do Som para
implantar um projeto que objetivava
telecinar filmes alusivos ao Ceará,
constituir acervos cinematográficos e
compor biblioteca de roteiros.
Fiel à paixão de descobrir referenciais
da memória do povo cearense , sua
vida foi um deixar-se tomar talvez por
impulsos proustianos e efetuar
processos regressivos em busca de
um tempo perdido que, no entanto ,
não era o seu . Lutava contra os
inexoráveis desgastes dos fotogramas,
certo de que o passado não é apenas
o que passou , mas , sobretudo , o que
o presente filtra e ressignifica .
Perscrutando intrincados indícios em
cinematecas e arquivos , públicos ou
não, sua pesquisa tinha a aura da
mítica Ariadne, desemaranhando fios
para resgatar do labirinto vestígios do
que parecia às vezes já não mais
existir . Nenhum empecilho o
desmotivava , mesmo que tivesse de
revolver películas dos escombros .
Quanto maior fosse o desafio de
garimpar uma raridade , maior o seu
fascínio diante do achado. Garimpava
imagens como quem no cascalho
procura pedras preciosas.
É assim que o revejo, de modo
recorrente , em sonho: exultante como
um menino que com a última figura
em mãos completa finalmente um
quebra - cabeça . Entretanto , ao
acordar e relembrar sua morte
repentina e prematura , persiste em
mim a sensação de que a peça
fundamental desse quebra -cabeça se
perdeu para sempre e não resta , pois ,
mais nada que possa se encaixar para
preencher o vazio .
Ricardo Guilherme
ricardo - guilherme@uol .com. br
Teatrólogo , escritor e membro do
Conselho de Leitores de O POVO
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Presidente do Ibama é exonerado do cargo “a pedido”.
Diário Oficial publica exoneração do presidente do Ibama.
Pra variar ficaremos aguardando a decisão de quem assumirá a presidência do tal órgão. Esse detalhe da exoneração: “a pedido”, talvez nos traga boas surpresas. Quem sabe.
Depende também de quem foi o pedido e quais os reais motivos da saída desse cidadão.
Resta-nos esperar e ver o que acontece. Acima de tudo torcer para que a impiedosa IN 15 seja revista e que as decisões do IBAMA sejam acordadas com todos, no que diz respeito aos criadores amadoristas de passeriformes, e não como foi feito, passando por cima dos direitos adquiridos por nós amantes da ornitologia e responsáveis pela preservação de espécies ameaçadas de extinção. Espécies estas quase desaparecidas na natureza devido à captura de pássaros nativos por “traficantes de animais”, que continuam “trabalhando” independentemente de quem esteja à frente do órgão responsável pela fiscalização.
Que a cabeça pensante a ser empossada no cargo de presidente do IBAMA seja melhor que a que estava aí desde abril de 2010.
Salve, salve as pessoas de boa fé!
Para ver a notícia clique aqui.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
IBAMA IN 015 de 23 de dezembro de 2010 - Requerimento de suspenção imediata
Petição Pública para tentarmos evitar a extinção dos criadores amadoristas de passeriformes. A médio prazo o IBAMA quer proibir a criação e reprodução em cativeiro de aves nativas da nossa fauna. Direito esse adiquirido há anos e responsável pela diminuição concreta da captura de aves silvestres na natureza.
O incentivo a tal atividade deveria ser um passo importante para a preservação de espécies hoje ameaçadas de extinção como o curió e o bicudo. Assinem e juntem-se a nós nessa luta a favor da perpetuação de espécies hoje dizimadas pelos traficantes de aves silvestres.
IBAMA IN 015 de 23 de dezembro de 2010 - Requerimento de suspenção imediata
Atenção: A solicitação de e-mail e senha é para o cadastro no site petiçõesonline e não uma tentativa de roubar senhas como vem sendo notificado por alguns camaradas em sites de relacionamento. Criem uma senha para acessar o site petiçõesonline e assinar ou até mesmo criar sua própria petição. No e-mail registrado chegará uma resposta confirmando seu cadastro com um link para ativação da conta no site.
O incentivo a tal atividade deveria ser um passo importante para a preservação de espécies hoje ameaçadas de extinção como o curió e o bicudo. Assinem e juntem-se a nós nessa luta a favor da perpetuação de espécies hoje dizimadas pelos traficantes de aves silvestres.
IBAMA IN 015 de 23 de dezembro de 2010 - Requerimento de suspenção imediata
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